O que e onde comer, em Pelotas? Aff, o difícil é determinar o quanto!



Pelotas é a cidade polo da zona sul do Estado, é um importante centro universitário e possui muita tradição no turismo de eventos, além de ser a cidade da Fenadoce - Feira Nacional do Doce. 

É a cidade mais doce da Costa Doce, situada numa região linda, com áreas rurais belas, cheia histórias para contar e que oferece muitas atividades sociais para seus moradores e visitantes. Mesmo em noites frias, como nas que estivemos por lá, os bares, restaurantes e baladas estavam com seus espaços repletos de jovens animadíssimos. Ainda, possui um acervo arquitetônico conservado e expressivo.


A Rota Farroupilha chegava na cidade de uma das integrantes da trupe, a Roberta do Territórios. E, não poderia ser diferente, ela estava ansiosa para nos mostrar um pouco do que mais curte em sua terra. Dentre os lugares visitados, vou destacar dois deles. 


                                          ---------- ALMOÇO ----------

No dia em que fizemos um super tour pela cidade, em que andamos no Expresso Quindim, visitamos a Charqueada e os Doces Imperatriz, almoçamos num lugar mega charmoso - Crêperi Bistrô e Empório
 

Confesso que não estava com muito apetite quando chegamos, fazendo com que os pratos tenham chamado menos atenção do que a linda decoração, que mistura elementos provençais com móveis e artigos de demolição.





O espaço é uma mistura de estilos em muitas cores, encantador. A casa em que está estabelecido é lindíssima, mas o endereço se renovará para que o chef possa melhor trabalhar os espaços e impor o conceito "Eu sei quem fez", valorizando ingredientes e produção local. 
 


A casa conta com um espaço gourmet onde convidados e o chef Márcio Ávila interagem e compartilham experiências, mas que pode ser usado apenas pelo interessado e por seus amigos, mediante agendamento - é o elabore seu próprio prato. No novo espaço os frequentadores ganharão a possibilidade de acompanhar a produção dos pratos através da visão de uma cozinha central. Se já era bom imagino o quanto melhor ficará. 
 
 

No almoço um buffet variado e saboroso, que nos ofereceu saladas deliciosas, inclusive. À noite, pela carta, crepes e outros quitutes mais elaborados. 
 

 

Os pratos, aquele trivial para um almoço diário, estavam deliciosos.




A grande sacada do chef foi ter percebido o quanto as pessoas queriam conhecer a culinária tipica da região, aquela dos fogões a lenha das casas rurais, sem perder o glamour de uma cozinha de experiências. Misturou isso com uma decoração encantadora, cheia de cores, e a fórmula do sucesso estava feita. Amei! 
 

 
 

                                         ---------- JANTAR ----------

Para o jantar a Rô nos levou num de seus locais preferidos, na parrilla Mercado Del Puerto Gastronomia, bem uruguaia. 



Para quem é do Rio Grande interagir com a culinária uruguaia e argentina é comum, faz parte da tradição. É uma variante de nosso churrasco da campanha gaúcha, feito na lenha, mas sem espetos e usando grelhas. Ao modo de preparo diferenciado se dá o nome de parrilla. 

A parrillada - seleção de carnes - para duas pessoas serviria fácil seis, sem economia. É um prato familiar e com ingredientes para agradar até os mais enjoados. No tudo junto e misturado sempre tem algo que agrade aquele que torce o nariz quando as iguarias chegam na mesa. 
 

Surpreendida! Foi essa a minha sensação. 
 



Os pratos foram servidos em dois momentos distintos. Primeiro, um aperitivo. 

 

Morcilha (morcela), rim e outros miúdos, quentinhos. Não conhecia a morcilha doce, mas passei a vez. A salgada eu provei e estava gostosa. Não sabe o que é? É o embutido escurinho aí da imagem, uma linguiça produzida sem carne, na base do sangue coagulado do porco. Bom, mas não foi o que me conquistou. 

Em meio aqueles pedacinhos simpáticos logo algo me chamou atenção: isso é língua de ovelha??? A Roberta abriu um sorriso e foi avisando que teria que dividir com ela. Ah, mas não foi uma divisão igualitária não, pois a última vez que havia comido foi no longínquo e saudoso verão de 1983 e matar as saudades de algo cheio de lembranças emotivas não seria fácil. 
 

A Gardênia olhava tudo aquilo com uma carinha de quem pede socorro, impagável. Ah, esses estrangeiros não sabem o que é bom! Já ao olhar a carta ela passou a fazer perguntas, que giravam em torno do que comer que não tivesse sangue, gordura ou ossos - optou por um belo entrecot com queijo provolone, que pareceu estar delicioso. Para quem não come carnes eles oferecem, como alternativa, uma parrillada vegetariana e batatas e cebolas assadas. 
 

Por mim o jantar estava concluído. Pois não, faltava a segunda parte, as carnes. Assado de tira (costelinha), chinchulin (intestino do boi) e vazio. Devia ter outros pedacinhos, mas nem percebi. As carnes variando entre "boi berrando" e "ao ponto", como manda a tradição. Nós, eu e Roberta, já havíamos nos fartado com o aperitivo, a Gardens nem chegou perto e a Criz ficou só beliscando, o que fez com que sobrasse muita carne, gentilmente embalada para que levássemos para a mãe da Roberta - ninguém curte desperdício, afinal. 
 

O atendimento foi tão cortês e eficiente que merece destaque. 

O Mercado del Puerto já está anotado para minha próxima passada por Pelotas, pois encontrar línguas de ovelha assadinhas é das coisas mais difíceis da vida e qualquer lugar que nos serve lembranças queridas deve ficar grifado na agenda. 
 

Pronto, num único post dois lugares sensacionais para curtir a boa mesa, em Pelotas. Hum, mas e as sobremesas? Ah, isso em contarei em outro post, doce e colorido, garanto! 


Informações, nos sites:

Crêperi Bistrô e Empório

Mercado del Puerto 



O almoço e o jantar foram cortesias das empresas mencionadas, oferecidos em sistema de parceria, para que pudéssemos empreender a Rota Farroupilha, mas as opiniões aqui expostas não sofreram quaisquer influências. 



A viagem #RotaFarroupilha é um projeto do Territórios e do As Peripécias de uma Flor, em parceria com os blogs Café Viagem e Mochilinha Gaúcha, que contou com as participações especiais de Andarilhos do Mundo e da jornalista Criz Azevedo. O roteiro teve o apoio de empresas regionais como BC&M Advogados e Agropecuária Sallaberry, além do suporte do Sebrae Costa Doce e de algumas secretarias de turismo. A viagem usou como base o Caminho Farroupilha elaborado pelo Sebrae RS e oferecido, como pacote turístico, pela Tchê Fronteira Turismo, de Bagé/RS. 

 

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