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O Mochilinha sempre foi um pedacinho de meu diário que abri para o mundo, que me permiti partilhar com a intenção de que, por meus olhos, outros pudessem se apaixonar pelos lugares que visitei e pelo que vi em minhas andanças. Mas o blog foi também, talvez até de forma inesperada, o meio pelo qual conheci uma série de pessoas que ganharam um lugar especial na minha vida. Pessoas que dividiram comigo seu olhar, que viajaram nas minhas histórias e que me ajudaram e ajudam a viajar, mesmo quando não posso ir - viajo nas histórias, nas imagens e no olhar do outro sobre cada lugar. Resolvi dedicar um espaço no Mochi para os amigos e suas cidades, para o que eles curtem nos lugares onde moram, independente do apelo turístico.  

Os convites tem um caráter bem pessoal, como tudo nesse espaço. Agradeço todos que toparam, com tanto carinho, dar uma parada em seus afazeres e dedicarem seu tempo à contar histórias, por acreditarem que partilhar nos faz mais felizes! 

Para abrir as publicações do "Amigos e Cidades" convidei a Cristina, que escreve o Sol de Barcelona, um dos primeiros a entrar para a minha lista de leitura cotidiana. A vida ainda não permitiu tirarmos a amizade do virtual e jogá-la pelos caminhos, nas mesas dos bares ou nas ruas do Gótico, meu bairro preferido em Barcelona, mas seguimos partilhando cores. 

Bora ler o que ela nos conta de Barcelona? 



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Eu posso dizer que tenho sorte na vida. 

Nos meus últimos anos no Brasil, eu morei no Rio de Janeiro. A cidade maravilhosa e que dispensa comentários. Agora, desde 2009, eu moro em Barcelona e não poderia estar mais feliz com esta cidade. Além de linda e charmosa, Barcelona é uma cidade cosmopolita onde todas as culturas e tradições tem seu espaço.

A Paula me convidou para contar para os leitores dela quais são os lugares e os cantinhos que eu gosto na minha cidade. Vou confessar que o lugar que mais gosto é também o mais turístico: o Bairro Gótico. 

Tão difícil não amar um lugar cheio de histórias e onde a luz da manhã entra deixando o bairro dourado e encantador. Já que eu morro de amores por esta cidade linda, vou te levar para conhecer a minha Barcelona:

Bunker del Carmel


Faz uns anos que o antigo bunker de defesa antiaérea do bairro do Carmel está de moda em Barcelona. E tem os melhores motivos para isto. Lá do alto se tem uma vista espetacular de Barcelona. O lugar ainda mantém os restos do bunker da Guerra Civil Espanhola e também azulejos que lembram que, durante os anos 40, 50 e 60, ali tinha uma favela. E se você for até ao Bunker do Carmel não perca a oportunidade de comer umas tapas no Bar Delícias, um bar de tapas nada turístico e que funciona desde os anos 60. As tapas são bem servidas e super baratas, ao estilo BBB.

Praia de Sant Sebastià


Como boa brasileira, eu adoro uma praia. As praias de Barcelona não são uma maravilha e no verão ficam cheias de turistas. A Barceloneta é a mais conhecida e também a mais cheia e mais suja. A minha preferida é a praia de Sant Sebastià, que fica junto ao hotel W. Lá tem gente de Barcelona, é mais limpa e mais tranquila. Ah, e também rola uns pelados. Já que o nudismo não está proibido em Barcelona.

Parc del Labirinto del Horta


Com certeza este é o parque mais romântico de Barcelona. Já foi cenário do filme “O Perfume” e é um dos lugares mais lindos e divertidos da cidade. No parque tem um labirinto onde todo mundo se perde e se diverte muito. Também tem uns jardins em estilo romântico, ótimos para namorar, fazer fotos e relaxar olhando a cidade e o verde.

Bairro do Poblenou


O Bairro do Poblenou é outro lugar que está de moda na cidade. Desta vez pelos grafites que tem invadido o bairro e revitalizado lugares que antes estavam abandonados. O Poblenou era um bairro Fabril e, hoje, muitas fábricas, até então abandonas, estão sendo convertidas em escritórios ou celeiros de arte e de novas tecnologias. Lá também tem vários restaurantes legais e bares de tapas. Eu super recomendo um passeio na rambla do Poblenou no final do dia ou no sábado de manhã quando os moradores estão por lá.

Esta é apenas uma parte da minha Barcelona. Ainda tem outros lugares que amo e sempre que posso vou passear por eles. Espero que vocês se animem a conhecer a minha Barcelona quando estiverem aqui.

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Encontre a Cris e seu Sol no:


As imagens desse post pertencem ao Sol de Barcelona e foram gentilmente cedidas pela autora, para ilustrar essa história. 

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Índice das postagens do projeto "Amigos e Cidades": 






E o Patinho Feio chega ao blog. E quem seria? Nosso Hostal em Barcelona, o pequeno que nos acolheu na Rambla Dels Caputxins (Rambla dos Capuchinhos).


O Hostal Benidorm foi escolhido às cegas, unicamente em vista de sua localização - nas Ramblas, junto ao Bairro Gótico. 


Percebi que era de uma simplicidade franciscana quando procedi a reserva, mas não dei muita importância, pois a localização era a sonhada. Quando minha acompanhante olhou as poucas imagens, franziu o nariz, resmungou e me deixou preocupada (e depois diz que a chata sou eu!) - já estava reservado, mas ainda era possível o cancelamento. E o que fazer? Bora pesquisar no Dr. Google e encontrar referências mais precisas. E encontrei, apenas uma, mas no blog da Celina,  "Mala de Rodinha e Necessaire", o que me tranquilizou bastante e foi suficiente para que mantivesse nossa estadia. 

Já na chegada a localização arrebatou os corações, descemos do Metro, caminhamos alguns passos e lá estava o edifício onde o Benidorm ocupa um dos andares. Atendimento mega simpático e célere, chave em mãos e fomos conhecer nossa minúscula suite - simples, em tons de laranja, simpática. 

Está vendo a plaquinha amarela? É ali! 


Chegamos em Barcelona para curtir dias ensolarados e noites amenas de outono. E reservamos uma manhã para descobrirmos os caminhos dos trencadís coloridos, no topo do Monte Carmelo. Fomos alegrar os olhos no Parc Güell. 

Como não havíamos traçado trajetos, saímos perguntando e fomos informadas que uma boa opção para chegarmos ao parque seria tomar um ônibus na Praça da Catalunya. Após um delicioso café da manhã nas Ramblas, demos uma caminhadinha até a praça, de onde partimos num ônibus confortável até o destino - a parada no portão lateral é perfeita - mas como se vê minhas impressões também são narradas na ordem inversa, não a partir da entrada principal. Entramos livremente, mas a partir de outubro de 2013 a entrada será paga (informações da Cris, do Sol de Barcelona). O Tony e a Cecilia do Passaporte BCN mostram o passo-a-passo para adquirir de forma antecipada o passe, pois ao que parece haverá um limitador de visitantes, mas dê uma olhadinha aqui

O Parc Güell é uma galeria de arte com forte componente lúdico, uma mistura sem fim de estilos e experiências, com muitas possibilidades interpretativas. Mas o que ver por lá? O que priorizar? Tudo, de um portão ao outro. 

A medida que eu caminhava observando aquelas construções e conjugando aquelas imagens com meus parcos conhecimentos teóricos de Gaudí e do Parc, só um conceito me vinha a mente: que bela e única conjugação do poder econômico de um visionário/mecenas, com a perspectiva artística de um mestre e as habilidades manuais de tantos operários que os ajudaram a moldar aqueles espaços - o parque é uma soma de sonhos, talentos e habilidades! 

Não é preciso dizer que a vista do alto do Monte Carmelo é bela, recaí sobre a cidade, incluindo a Sagrada Familia, imponente. 




Uma das obras de Gaudí em Barcelona é a Casa Batlló, linda e apaixonante, no Passeig de Gràcia. 


Uma obra de Arte em Barcelona. E por que uma edificação seria considerada uma obra de arte? Porque o artista interferiu em todas as nuances: design, na cor, na luz e no espaço. Integra o conjunto de obras do artista reconhecidas como Patrimônio Mundial pela UNESCO. 

Antes de falar da Casa em si, é preciso tecer uma ou duas observações sobre o artista. Para que seja possível entender um pouco do sentido de suas obras é preciso se situar no tempo e na interação do mesmo com sua época, ou não. Para mim, em regra, Gaudí é um daqueles homens que podemos dizer que "esteve a frente de seu tempo", é um precursor e por isso sua Arte sobrevive, está viva e se mostra ainda hoje contemporânea. O conjunto de seu trabalho conversou com várias escolas, num primeiro momento Vitoriano, após Mudéjar (mescla de elementos muçulmanos com cristãos), Gótico e Barroco. A Casa Calvet (1898/1904), em estilo predominantemente barroco e a Casa Batlló (1904/1906) são o marco de uma transformação, da transição, de uma libertação do artista - a escola barroca como a última seguida por Gaudí na Calvet, que a partir da Batlló foge do convencional e cria um estilo próprio, cheio de simbolismos e metáforas.  

Havia lido a respeito muitas vezes, visto belas imagens, mas tem lugares que só interagindo para ter idéia de sua dimensão, porque as formas e os significados variam de acordo com cada olhar. 

Esperava por um dia inspirador para falar de um lugar que somente pode ser visto com o coração, senão a impressão que pode dar é que não passam de paredes velhas e úmidas, reunidas num canto qualquer, de uma cidade qualquer. Mas não, ele é mais que paredes úmidas, cinzas e aglomeradas por aí, é o Bairro Gótico (Barri Gòtic) em Barcelona.
Nutri simpatia por ele desde que li a respeito e, quando agendei nossa permanência em Barcelona, fiquei feliz de ficar hospedada na Rambla Dels Caputxins, pela proximidade.
Minha primeira visita foi noturna, num início de noite agradável de outono. Mas foi apenas a primeira, pois o visitei no mínimo duas vezes ao dia por todos os dias de nossa permanência. Inclusive, foi minha última caminhada pela bela cidade.
Bairro mais antigo e preservado de Barcelona, formado por pequenas praças medievais, rodeadas por construções góticas (na verdade mais românicas que góticas, mas isso já é uma discussão para arquitetos) distribuídas por ruas e vielas estreitas. O Bairro não possui mais suas muralhas, derrubadas ainda no século XIX. Possui, em síntese, um conjunto arquitetônico bem preservado, numa atmosfera que remete a era Medieval. As principais “atrações turísticas” são a Catedral de Barcelona, o Palácio do Governo e a Praça Del Rei – mas não são delas que me proponho a falar aqui, mas elas estão em todos os guias e são facilmente localizáveis, basta perceber reuniões de turistas e câmeras fotográficas.   
Mas o que tem por lá além das "atrações turísticas" e que mereçam um post?? Resposta fácil: “pessoas”, “vida” e “história”.

 
 
Na última noite em Barcelona fomos surpreendidas por um anúncio que nos intrigou, era uma Noite de Shopping em Barcelona? Desconhecíamos tal evento e fomos conferir.
A terceira edição do evento The Shopping Night Barcelona, organizado pela Associação de Amigos do Passeig de Gràcia, marcou a inauguração da iluminação natalina e da pista de patinação no gelo montada na Plaza de Catalunha. Os estabelecimentos comerciais abriram em horário extraordinário, das 20 horas à 1 hora da manhã. Mas não foi só isso.
 

Você se prepara para a viagem, coloca e tira as roupas da mala até imaginar que as escolhas estão apropriadas. Daí você fecha, levanta a mala e descobre que está pesada? Não há alternativa, abra e retire mais peças, que certamente não farão a menor falta. Finalizado? Então parta feliz e espere passar alguns dias...
Depois de uma semana de viagem pela Europa não possuíamos mais roupas intimas e calças limpas, pois as maniáticas por banho vão trocando, trocando até estarem com todas as peças usadas. Roupa intima dá para remediar lavando no banho, mas não dá para encarar o preço dos serviços de lavanderia oferecidos pela maioria dos hotéis, não é mesmo? Bom, estávamos em Barcelona e resolvemos partir para a lavanderia.
 
 
Primeiro buscamos informações, pois queríamos encontrar a mais próxima do Hotel e aí nossa primeira surpresa, estava ao lado, dobrando a esquina – logo, sem medo de sair puxando mala rua afora, levei todas as roupas para um banhinho perfumado.

 
Mais um Mercado chega para colorir o blog.
O Mercado San Miguel em Madrid é um ponto de encontro na cidade, que encanta por seus traços e por sua proposta gourmet.
Datado de 1916, fechou suas portas para reforma e reabriu em 2009, com uma nova proposta e um estilo contemporâneo e desde então se transformou num ponto de encontro em Madrid.


 
Barcelona é uma cidade encantadora, tem inúmeros lugares de visitação obrigatória. Um desses lugares é o La Boqueria.
O Mercat de Saint Josep de La Boqueria (em catalão) é o primeiro Mercado de Barcelona, tendo sido inaugurado em 19/03/1840, dia de São José e no local onde funcionava o Convento em seu nome.
 
Situado nas Ramblas é muito frequentado pelos residentes, mas ainda mais pelos turistas. Se você necessita chegar por transporte público, desça na estação Metro Liceu.
Quando estava montando nosso roteirinho por Barcelona logo o coloquei na lista, uma vez que gosto de conhecer os mercados, sentir como o residente sente sua cidade e, especialmente, conhecer os hábitos alimentares dos locais. Então, malas no Hotel e já partimos para as Ramblas.
Como o Hotel escolhido estava bastante próximo do La Boqueria, logo o avistamos e, embora já estivesse encerrando suas atividades diárias, tivemos tempo para uma olhada geral e para comprarmos saladas de frutas, para um rápido lanche. Na manhã seguinte, como em todas as que estivemos em Barcelona, nos dirigimos até lá para o café da manhã, já que no Hotel não era servido.
Embaixo de uma grande estrutura de ferro, com vitrais em art nouveau, estão dispostas bancas que vendem de frutos do mar a especiarias.
 




 
 
 
Quando fui procurar locais onde me hospedar em Madrid ao longo do mês de novembro/2012, segui os critérios expostos nesse post e não me arrependi. Li acerca dos pontos mais procurados pelos turistas (mais para ter um conhecimento maior da área), busquei possibilidades próximas (mas não exatamente na muvuca), uma área com possibilidades noturnas e logo cheguei a Plaza de Santa Ana, no charmoso bairro de Las Letras (também conhecido como Huertas). Ela está localizada a alguns metros da Calle de Atocha, próxima as estações de Metrô - especialmente Anton Martin, a poucos minutos a pé da  Plaza Puerta Del Sol, entre outros pontos turísticos. Possui diversos tipos de hospedagem em seu entorno, além de bares, restaurantes, mercados, lojas e farmácias. Na Plaza há pequena feira de artesanato, bares com música ao vivo e cervecerias, além do Teatro Español (sec XVII) e da estátua de Federico Garcia Lorca. Com a descoberta do local se deu a da hospedagem: Room Mate Alicia.



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