Estão dizendo por aí que o inverno chegou, embora hoje esteja quente e úmido. Mas cá entre nós, gostando ou não da estação, basta o outono soprar os primeiros ventinhos frescos para que a gauchada resolva curtir um pouco do que a Serra Gaúcha oferece. E, ainda antes que o inverno chegasse, fomos ao pé da serra para curtir um pouco do clima europeu e das delicias culinárias da colônia. 


Walachay - um pequeno e simpático café colonial, em Morro Reuter. 



Um dos meus programas preferidos é curtir o final do dia numa mesinha de bar, papeando, tomando um refrigerante ou um chá e relaxando. 

Na última década, Porto Alegre recebeu muitos novos cafés e pequenos restaurantes, lugares aconchegantes, muitos com cardápio bem próprio e decoração especial. O Agridoce se insere entre as pequenas surpresas da cidade. 


Se disser que está no meu bairro do coração, na rua onde morei por mais de trinta anos? Estou em casa! 


Bom gosto, em todos os sentidos. 




Outra hora escreverei mais sobre os bairros, sobre as atrações, sobre muitas coisas que vi e vivi em Havana, mas hoje quero me sentir pisando naquelas calçadas, ganhando as ruas, curvas, quinas e esquinas da cidade. 





Quando penso nas experiências vividas em Cuba percebo que, quase todas, estão muito ligadas ao ato de andar, de percorrer as ruas, de deixar o sol queimar a pele, sem compromisso e de chegar ao final do dia suada, da forma que normalmente odeio. Em Havana até suar, permitir que o diesel grudasse na pele e nas roupas, parecia fazer parte do pacote. 




Percorrer as avenidas, ruas, vielas e praças foi a experiência mais completa, que nos permitiu testar limites, colocar em cheque nossas certezas e deixar que as histórias, dores e amores nos invadissem. 



atualização/2017

A Val fechou o PanaPana, foi em busca de novos caminhos, outros sonhos e nos deixou apenas com a lembrança de um lugar aconchegante, repleto de aromas e com as mesas sempre prontas para os amigos. 

O texto permanecerá, por aqui, pois essa casa é feita de paixões e amigos. Esses, jamais saem de nossas memórias afetivas. 


Poderia ser outro? Não, não poderia. Nosso cantinho no mundo, ali nas bandas do Alto da Bronze, quase duas décadas de sabores e carinhos. 

O PanáPaná tem nome e sobrenome, tem feições e o som da gargalhada da Valéria Calderan, a Chef. E como conseguir uma imagem dessa menina sozinha? Dei sorte de achar essa perdida lá no perfil do Paná no facebook (furtei, desculpe), pois ela está sempre cercada de amigos e abraçada na galera. 


Muito antes de ser o Paná, foi no Atlântico, depois Pier 174 que descobrimos a delicada culinária dessa porto-alegrense. Figurinhas carimbadas, por lá estivemos por invernos e verões. Ah, se aquelas mesas falassem contariam muito de nossos sonhos, de nossos projetos mirabolantes e de amor. Ufa, chega dar um nó na garganta, né Val? 


O tempo passou, a vida exigiu e o Pier fechou. E a Val? Nos perdemos. Já falei que esse Porto tão Alegre é pequenino, um tanto provinciano, tipo cidade do interior? Pois é, para o bem e para o mal. E, passados alguns anos, eis que os aromas foram localizados em um novo 174, dessa vez na rua Demétrio Ribeiro, 174 - algo meio cabalístico, parece! 


Numa casinha tímida e absolutamente aconchegante reencontramos os sabores e aromas da cozinha de nossa mais querida chef, que com sua simplicidade e seu sorriso, mais do que fazer clientes, faz amigos e os reúne onde quer que vá. 





Fui adotada pela cidade, quando cheguei pequena lá das bandas da Campanha. Pelas ruas, parques e museus perambulei, mas foi nas mesas dos bares, botecos e restaurantes que conheci os sabores variados dessa terra, onde fiz amigos e onde jogo conversa fora e dou risadas, quase que diariamente. 


Gosto de partilhar da boa mesa e o faço com prazer. 


No Mochilinha Porto Alegre nunca teve vez, ficava lá nas Pitadas do Rio Grande, um tanto tímida. Já era hora de abrir os braços e se esparramar nesse espaço. 


Portinho ganha a aba "50 Sabores", que talvez se transforme em duzentos ou, quem sabe, não chegue nos trinta. O tempo nos dirá o quanto de aromas e sabores a cidade tem para mostrar ou, por outra, o quanto sou boa de garfo! 


Ao imaginar esse espaço, de cara, já escolhi o primeiro estabelecimento que pintará por aqui, aquele que está no coração há quase duas décadas. Quanto aos demais? Amores antigos, aqueles do coração, novos queridinhos e os que estão por chegar, pois esse Porto tão Alegre está cheio de novidades, de novas tendências e estabelecimentos. 


Quem topa acompanhar essa aventura? E o melhor, quem se arrisca a conferir in loco minhas dicas e depois dizer se estava certa?? 


Que venham as cores, aromas e sabores que traduzirão, de acordo com o meu paladar, a Capital dos Gaúchos para vocês. 









No post anterior coloquei as linhas gerais que envolveram nossa organização para a estadia em Havana e Varadero, Cuba. Nesse, falo um pouco da Casa de Margot, nossa casa em Havana. 

Luis nos levou diretamente para o apartamento de Margot, num edifico no cruzamento da Avenida 23 com a Avenida de los Presidentes, efetivamente no coração do Vedado.




Localização espetacular, distando algumas quadras do Habana Libre, Hotel Nacional e Malecòn, junto a uma linda praça e com uma infinidade de táxis passando na porta.







Basta baixarem alguns graus nos termômetros e a Serra Gaúcha entra em Festa, literalmente. Todos os finais-de-semana proliferam festas, de muitas etnias e sabores. Outono é sinônimo de Feira do Mel, Rosca e Nata, em Ivoti - a Cidade das Flores. 


A pequenina cidade fica ao pé da serra - no Vale dos Sinos, pertinho de Porto Alegre, mas já com todo o charme da colonização alemã. 





Todos perguntam como organizei nossa viagem para Cuba, já que por lá tudo é um pouco diferente do que hoje é corriqueiro para nós. Não sou lá muito boa com dicas, mas vou tentar fazê-los acreditar que tudo é bem mais simples do que possa parecer. E é. 

Por onde começar? Pegar a listinha de hotéis, entrar no booking, verificar preços e reservar? Quais redes mantém os melhores hotéis? Hostel, quem sabe? Santo Cristo, em que bairro ficar? 

Tudo em Cuba é um pouquinho diferente, possui suas peculiaridades e, antes de decidir acerca das opções, é preciso determinar qual tipo de viagem se pretende fazer. Apenas uma viagem ou "viajar dentro da viagem"? Qualquer que seja, o melhor é já ir abrindo uma aba do Viaje na Viagem - VnV, antes de seguirmos com o papo. E, já que é para abrir abas, aproveita e abre uma para o Mochilando por Aí, também. Agora vamos... 

Quando sentei para organizar nossa viagem, já havia comprado as passagens aéreas e não havia tempo, só prazos. Teríamos dez dias, divididos entre Havana e Varadero e isso era tudo o que sabia. Em quarenta dias pegaríamos um voo com conexão no Panamá e desceríamos em Havana. 

Do que precisaríamos, basicamente? Escolher o tipo de hospedagem, o bairro e reservar. Transporte do aero para o hotel, de Havana para Varadero, de Varadero para Havana e do hotel para o aero. Qual moeda levar, quanto e onde fazer o câmbio? E o resto? No resto daríamos um jeito, na medida que as necessidades se mostrassem. 

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