Nas asas de um pássaro: da História à Liberdade, pelas ruas de Havana.


Gosto de escrever sobre as ruas, calçadas, fachadas e placas, sobre o que vejo pelas frestas, sobre o que se mostra e nem sempre percebemos. A história está naquilo que nos diferencia e, da mesma forma, é com as cidades. 



Andei por Havana cheia de curiosidade, com o olhar atento, buscando essa história, a que está ali, à disposição, se esgueirando. Caminhávamos por horas, em dias muito quentes e nem sentíamos. Foi lúdico e especial. Por instantes, momentos para sentar e deixar a vida passar... 


Se fala muito da Calle Obispo, pois ela é muito turística, cheia de prédios reformadinhos, hotéis, restaurantes e algumas lojinhas. Com esse olhar a percorri na primeira oportunidade, mas depois se tornou a ligação entre arte e mar, entre cores e livros ou, apenas, nosso norte na Ciudad Vieja. 




Das cores a falta de cor, da música aos livros, da imponência ao mar. 

Traduzindo...

Do Museu de Belas Artes aos prédios decrépitos...




Do Gran Teatro de La Habana à Plaza de Armas...




Do Capitólio ao Malecòn. 




A Obispo é como o corpo de um pássaro, que abre as asas e voa em direção ao mar, para a liberdade. Essa é Havana, em meus sentidos.



O imponente Capitólio passou a ser nosso ponto de partida, onde saltávamos do táxi coletivo e ganhávamos as ruas. Dele ao mar, entre eles um pouco de tudo. Ao lado, o Gran Teatro de La Habana, espetacular - lindo, noite e dia. Entre ambos, a Obispo - em obras, movimentadíssima e cheia de atrações. Ao fundo? O mar de Cuba, a imensidão e a sensação de liberdade que o horizonte em tons de azul proporciona - o prazer de olhar ao longe, se deixar levar, sem ir.  


Não éramos as únicas mirando o mar... 



Das artes, às artes. Atravessar a Ciudad Vieja é uma viajem nas artes, pois tudo está por ali - museus, livrarias, teatros e muitos prédios históricos e imponentes.  




As lembranças de Hemingway estão na Floridita, em seus drinks e nas mesas lotadas de turistas. 




A Revolução está nas prateleiras das livrarias, nas bancas da Plaza de Armas e nos Comités de Defensa de la Revolución. 




E as histórias? Por todos os lados. Nos museus e no calçamento, nas fachadas e nos automóveis.



Olhem que interessante, em uma das ruas junto a Plaza de Armas o calçamento é formado por tacos de madeira, como aqueles aos quais estamos habituados em ambientes internos.  



Na Plaza de Armas, onde o pássaro empina o bico e mira o mar, belezas arquitetônicas, livros, turistas e habaneros, numa síntese de tudo o que se vê em Havana. 








Ao longo dos dias apresentações artísticas, ballet e circo, sempre em muitas cores. 



Nas asas do grande pássaro, o Passeo Del Prado e a Plaza São Francisco. 





Agora, olhando as fotos, percebo que sempre andamos em direção ao mar, explorávamos aqueles caminhos em busca dele e, por todos os dias, de dia ou de noite, foi delicioso. Da arte ao mar. 








Nenhum comentário

Para o Topo