PORTO: andanças por entre azulejos - parte 2.



E como ver tantas belezas em poucas horas? Sem pressa, deixando que o possível se apresentasse aos olhos e o restante se resguardasse até nossa próxima visita. Não sou fã de maratonas turísticas, gosto que os lugares agucem meus sentidos! Bom, tínhamos três horas e duas cidades à explorar e fomos, câmera em mãos e nenhum roteiro na cabeça. E agora, um post fotográfico.


Ao sairmos do hotel, sem rumo, rapidamente resolvi que o melhor era seguirmos de metro até Vila Nova de Gaia e de lá regressarmos a pé, medindo os passos pelos ponteiros do relógio. Viagem curta, descemos no primeiro ponto após a bela ponte - Jardim do Morro. E por onde seguir? Perguntinhas feitas a simpáticos guardas e optamos por descer pelo caminho do Casino da Ponte, que se mostrou um lugar maravilhoso para fotos, em direção as vinícolas. Braços dados e olhos atentos.





Ao pé da ponte, junto ao rio, pausa demorada para observar a paisagem, às margens com seu casario colorido, o teleférico sobre nossas cabeças. Dalí rumo as vinícolas, que aos poucos começavam a abrir as portas ao público, que naquele momento se resumia as duas gaúchas.










Cada qual com seu gosto, com seus anseios. O meu estava em fotografar aquelas nuances de cores fortes num dia sóbrio, meio sem brilho. Mas topei entrar nas vinícolas, embora não estivéssemos dispostas a degustar bebidas alcoólicas aquelas horas da amanhã e muito menos fazer compras para arrastá-las Mundo afora. Com a globalização perdeu um pouco o sentido se adquirir produtos que se encontram a venda em nossa própria cidade, não? Tudo bem, não resistimos a duas pequenas lembrancinhas e seguimos.






Bela a vista do Rio e do Casario colorido...






E como haviam detalhes naqueles casarões para observar, mas tão pouco tempo a usufruir. Chegamos novamente na Ponte e resolvemos cruzá-la a pé, observando o rio, a paisagem.






 E agora? Pegamos o Funicular Guindais na Ribeira e descemos na Batalha, na parte alta e fomos explorar um pouco do Porto, agora sim dividindo espaço com turistas, que começavam a cruzar os portais dos hotéis.




Passos depois chegamos a Sé do Porto observamos a bela fachada, os painéis de azulejos, fizemos nossos três pedidos básicos, conforme a tradição e seguimos. Nada de visitar o claustro ou outros.  O dia era para caminhar, ver o que se mostrasse e partir. Nem mesmo a Torre dos Clérigos foi visitada, ficou para uma próxima oportunidade. Na saída acabamos demorando mais observando o Mercado de São Sebastião, conforme contei nesse post aqui, pois a cena que se armava com gatos, vendedoras e compradores de peixes nos pareceu inusitada, como se saída de um livro de histórias.









Daquele momento até chegarmos ao hotel, caminhamos, papeamos e fotografamos. Parada? Só na loja de imãs para agregar elementos a pequena coleção.

Uma apaixonada por azulejos como eu acaba sempre onde eles estão e no centro histórico do Porto significa nas Igrejas, de Santo Ildefonso e dos Congregados. Fui curtir o azul que o céu por momentos nos negava naquela manhã, mas que é a minha cor - mas olha ele aí, colorindo um pequeno momento do dia. E como são lindos os painéis que recobrem aquelas fachadas tão azuis, com tons tão desavergonhadamente fortes. Hora de olhar para o alto.








E no Largo, já cansadas, sentamos, comentamos nossas impressões acerca daquela cidade, daquele centrinho histórico agora, a luz do dia, tão acolhedor e traçamos os caminhos que percorreríamos naquele dia rumo a Madrid.





Do centro histórico ao centro histórico, sem ir a zona nova, ao comércio, só aquele pedacinho saído dos livros de história para nossos olhos e corações. E esse foi o Porto para nós, como costumo dizer apenas um tom, uma cor - com gostinho de te quero muito, muito mais e que se encerra com um até breve, nos vemos qualquer dia.



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