CANELA: em aromas, cores e pedras!




Há na simpática cidade da Serra Gaúcha um aroma de "fogo" no ar. Fogo? Explico: num dia de inverno, numa cidade com muitas e lindas residências, se espalha pelas ruas um gostoso cheirinho de fumaça, que escapa pelas chaminés de fogões a lenha e lareiras, indispensáveis para aquecer às famílias. Esse aroma dá um toque especial, é acolhedor.

Mas esse é apenas o primeiro perfume que o visitante sentirá pelas ruas, bares, cafés e restaurantes.  Somará a esse o dos vinhos, salames e queijos vendidos nas pequenas lojas nas proximidades da Catedral, ao dos chocolates, da canela em pó vertida sobre xícaras de café quente, ao dos galetos e polentas brustoladas dos restaurantes espalhados pelas ruas e na estrada que liga a cidade a Gramado. Há perfumes no ar!



E as cores? Elas estão pelas vitrines, pelas ruas enfeitadas, nos canteiros floridos e cuidadosamente mantidos, mesmo numa época de dias frios e noite gélidas.  Por todos os locais vemos bonecos alegremente vestidos, com muita cor em gorros e cachecóis, encantando adultos e crianças. Muitas vezes parece que só há crianças curtindo aqueles espaços, pois adultos de todas as idades se permitem abraçar cada um daqueles bonecos, em busca da melhor foto, de uma recordação daqueles momentos de encantamento.



Os homens colorem os céus, fazendo com que todos tenham torcicolo ao fotografar a idéia, nem tão original, mas que alegremente distrai os motoristas que trafegam pelas ruas de Canela.


E como se vendem lindos acessórios, quentes e coloridos, muitos que somente serão usados ao longo daquela feliz estadia. Mas todos desejam curtir aquele lugar, ficar íntimo, se integrar. Assim, aos poucos os cabelos ganham gorros, cachecóis aquecem pescoços e as sacolas se enchem de malhas e luvas, de todas ou de muitas cores.


Mas nem tudo na cidade de Canela é quente. Ao final da avenida principal está ela, imponente, grandiosa: A Catedral de Pedra. Seguramente seu mais tradicional ponto turístico. Construída em pedras, como manda a tradição dos povos europeus que a colonizaram, tem um aspecto frio, mas se mostra muito acolhedora aos visitantes. Sempre rodeada de pessoas ávidas por fotografá-la, nos meses de dezembro se transforma na parede de escaladas do Papai Noel. Ao longo do ano, entretanto, recebe à todos com suas paredes cinzas e brutas e com seus vitrais coloridos e luminosos. Quanta cor verte daqueles vidros coloridos em contato com o sol ou, em dias nublados, apenas com a luz do dia. Há Fé naquele espaço, há Vida e há belezas.






Sobre os vitrais há sempre uma observação importante. Bastante comuns em Igrejas católicas, antigamente costumavam ser doados por famílias das cidades, sendo o nome de cada uma delas gravado para a eternidade. Em Canela vemos isso nos vitrais da Catedral de Pedra. 


E onde fica essa cidadezinha encantadora? Logo ali, de mãos dadas com Gramado - 7km depois da cidade do Natal Luz.

Mas a irmã menos famosa de Gramado, que com aquela quase se confunde, possui muitos sabores, muito aconchego e uma cultura muito própria, mas que ficam para um outro post. Nesse apenas aromas, cores e pedras!

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