Quem já tomou um delicioso café no interior de um cofre bancário? A grande maioria dos porto-alegrenses já passaram por essa experiência e levam os visitantes, sempre que possível, ao Moeda Bar e Restaurante, mais conhecido como o Café do Cofre. 





Esse tem um gostinho especial para mim, embora seja um empreendimento novo na cidade. Na minha terra natal, Caçapava do Sul, carne de gado não é o trivial, o diário - por lá, o que chega nas mesas diariamente é a carne de ovelha. Assim, o perfume do cordeiro que invade o salão tem cheiro de infância, do fogão de lenha fumegante da cozinha da fazenda (às vezes parece que posso ouvir as risadas ao redor da mesa ou o som dos "avisos" no rádio ao meio-dia). 



No Rio Grande do Sul termos ovinos na mesa não é novidade, mas não tínhamos uma churrascaria dedicada a tal iguaria. No Rei do Cordeiro, como diz o nome, a carne de ovinos jovens é o diferencial. 

Próximo ao aeroporto internacional Salgado Filho, permite que os comensais se deliciem enquanto curtem as chegadas e partidas dos aviões. Fica ainda mais bonito nos jantares, quando as luzes das pistas iluminam o entorno. 





As lojas Kopenhagen sempre fizeram sucesso em Porto Alegre, com suas lindas caixas repletas de deliciosos bombons. Nos últimos anos suas mesinhas para um café ou chocolate quente passaram a ser disputadas, especialmente nos meses frios. 

O inverno chegou e começamos a pular de mesa em mesa até escolhermos o café/chocolate do momento, aquele delicinha a ser repetido ao longo da estação. No quesito, a Kopenhagen Café ganhou algumas estrelas. 


Numa esquina do bairro Bela Vista, uma loja inserida no complexo de um posto de gasolina tem brilho próprio. Algumas mesinhas sobre um deck, ombrelones e um perfume de chocolate que passa pela fresta da porta. 


O Museu de Artes do Rio Grande do Sul completará dia 27/07/2015, 61 anos enchendo os gaúchos de histórias e belas imagens. 


O acervo permanente do museu porto-alegrense é considerado um dos mais importantes do país, primando pela valorização da cultura gaúcha. Grande parte do acervo é composta por obras de artistas da terra, como Iberê Camargo, Carlos Scliar, Trias, Ângelo Guido, Weingartner, Maria Tomaselli, entre tantos outros. Há obras de Di Cavalcanti, Portinari e Lasar Segall, entre os expoentes nacionais. 


Instalado desde 1978 na antiga sede da Delegacia Fiscal, um belíssimo prédio construído em 1913 e projetado pelo arquiteto alemão Theo Wiederspahn. Imponente para sua época, se mantém altivo na Praça da Alfândega, junto ao Caís do Porto. 




No primeiro aniversário do blog decidi que sempre comemoraria com uma publicação especial, onde falaria sobre coisas maravilhosas que fossem chegando com ele. 

No primeiro ano escrevi sobre os novos amigos, sobre as pessoas especiais que foram chegando na minha vida a partir do convívio nas redes sociais. A vida é tão cheia de surpresas, uns ficaram, outros partiram e tantos outros aportaram - na vida como no mar, um constante movimento. 


Não pesquisamos o que encontraríamos em Havana, quais lugares gostaríamos de conhecer e em quais restaurantes iríamos. Deixamos para desbravar no momento, arriscar. 

Luis não permitiu que saíssemos totalmente às cegas. Nosso anfitrião fez um tour por Vedado quando chegamos e nos apontou alguns lugares. Entre eles, o Café Presidente. 


Foi no Presidente que fizemos nossa primeira refeição em Havana (e a última, também). Local agradável, tranquilo, funcionários simpaticíssimos, ar condicionado potente, ao ladinho de onde estávamos hospedadas e com boa comida (e coca-cola, confesso). 


É um dos expoentes da onda contemporânea que invade Havana pelas mãos de novos empreendedores. Nada de tradição, cores tipicas ou artifícios turísticos. Um café como os existentes em qualquer lugar do mundo, comum. 


Fui algumas vezes ao Vale dos Vinhedos, percorri sempre com prazer aquelas estradas de terra, visitei muitas vinícolas, mas uma tem seu espaço especial no coração: Barcarola. 



Nessa não há vinhedos para fotografar, pois eles ficam em uma localidade próxima. Não há tour guiado ou barris de carvalho para ajudar a entrar no clima. O negócio deles são as uvas, vinhos e espumantes. 



Numa belíssima casa colonial, o atendimento se dá no porão de pedras, gelado como o polo sul. Um balcão, alguns bancos e prateleiras com garrafas expostas. 



Fora isso? Um enólogo simpático e apaixonado, que recebe todos com vontade de ensinar, de contar sobre as novidades das últimas safras, sobre o estilo de cada vinho. 


O Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, é uma das rotas turísticas da cidade intitulada Capital Nacional do Vinho. 


Passear pelo Vale significa rodar por estradas de terra, fazendo paradas nas vinícolas, visitando e fotografando parreirais e curtindo degustar vinhos produzidos a partir de qualidades diversas da fruta. 


A Don Laurindo é uma pequena vinícola familiar, logo na entrada do Vale. Embora não possua uma área expressiva a ser visitada, o atendimento familiar é um de seus diferenciais. 




Numa zona cercada por vinhedos, por paisagens um tanto européias, há um castelinho como os dos contos de fadas: Castelo Lacave. 



Por séculos povos provenientes de todos os lugares migraram para o Rio Grande, onde já haviam índios, antes mesmo de outros serem importados. Dessa seleta de sangues e costumes se origina o gaúcho do século XXI, que se espalha pelas regiões, demarcando territórios, aqui e ali,  com costumes de um ou outro país. Por aqui há de tudo e em Caxias não seria diferente.




Gosto de escrever sobre as ruas, calçadas, fachadas e placas, sobre o que vejo pelas frestas, sobre o que se mostra e nem sempre percebemos. A história está naquilo que nos diferencia e, da mesma forma, é com as cidades. 



Andei por Havana cheia de curiosidade, com o olhar atento, buscando essa história, a que está ali, à disposição, se esgueirando. Caminhávamos por horas, em dias muito quentes e nem sentíamos. Foi lúdico e especial. Por instantes, momentos para sentar e deixar a vida passar... 


Por mais que soubéssemos que estaríamos chegando em um lugar cheio de peculiaridades, com uma história muito própria e com suas excentricidades, foi estranho percorrer ruas e avenidas sem traços que nos são tão familiares, sem uma infinidade de farmácias, mercados, centros comerciais e tantos outros que nos foram impostos pela globalização. Cuba ainda não se rendeu a globalização, tem um "q" de antiga, como seus carros. 


Em Havana as livrarias são um misto do novo e do antigo, predominam os sebos. 



Quando desembarcamos em Havana o Luis estava nos esperando e, como contei aqui, ele nos conduzir até a Casa de Margot. Mais do que nos conduzir, ele foi explicando suas percepções sobre o momento de Cuba, sobre sua visão empreendedora e sobre Havana. Ao chegarmos ao Vedado informou que faria um pequeno tour, para que pudéssemos entender o funcionamento do bairro onde ficaríamos hospedadas, além de indicar os bares e restaurantes. Testamos as indicações e não nos arrependemos. 

E o Sancho Panza? 


Numa travessa, quase esquina com a Avenida 23, pertinho dos cinemas e no coração do Vedado, literalmente. Um paladar com tempero cubano, fartura e bons preços. 


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