No outro final de semana fomos visitar uma querida amiga em Passo Fundo e escolhemos nos hospedar no Villa Vergueiro Hotel. 


Bem localizado, possui uma boa estrutura, um ótimo e gentil atendimento, mas considerei que possui a área privativa extremamente básica. Escolhemos a suite luxo, de padrão intermediário. Fora o espaço do box, no restante é confortável quanto aos espaços, mas não oferece nada diferenciado. Para um maior conforto, teríamos que optar pela suite master, onde o diferencial é contar com dois banheiros, sendo um com hidro - que não utilizaríamos. De qualquer forma consideramos nossa suite básica, para ser chamada luxo. 




O litoral de Santa Catarina possui praias que são procuradas ao longo do ano, independente das estações, pois oferecem muito mais que banhos de mar. Garopaba e suas praias estão nesse nicho, de praias de conformações variadas, muitas de enseadas, com águas claras e mornas e que possibilitam, muitas vezes, o banho de mar mesmo nas estações mais frias. 


Mais ao sul do Estado, Garopaba sempre recebeu muitos gaúchos, que praticamente a povoaram. Local de grande beleza natural, possui um charme que costuma deixar os visitantes encantados. Na alta estação é invadida por milhares de turistas, que quase inviabilizam o acesso as praias - estradas de terra, estreitas e mega concorridas. Nos meses intermediários, por outro lado, proporciona uma estadia tranquila, própria para muitos passeios por suas areias, alguns eventuais banhos de mar e descanso. 





Por aqui dizer que se gosta da estrada é redundante, amamos viajar e sempre o fizemos muito. Mas nem sempre foi turismo, tem muito de trabalho envolvido nessa paixão, porque até profissionalmente nossa vida passou pelas estradas - ao longo de cinco, seis anos, rodamos milhares de quilômetros por ano, atendendo em mais de cinquenta cidades gaúchas. Acordar num lugar e dormir em outro era normal, verdadeiros caixeiros viajantes da advocacia. Apesar de cansativo, foi enriquecedor. Tenho tentando, ultimamente, restringir minha presença apenas ao escritório, evitando um pouco reuniões e outras atividades externas, mas ainda rodamos por ai. Então, possuímos uma experiência bastante ampla em hotelaria gaúcha. 

Percebi que praticamente não possuo review de hotéis gaúchos no blog, resolvi então corrigir tal falha. Falamos tanto de hotéis espalhados pelo Mundo, mas esquecemos o que há pelo interior do país, lugares por onde passamos entre um ponto e outro. Nem todas as cidades são turísticas, mas muitas se encontram em rotas turísticas e podem servir de paragem para viajantes cansados. 


Escolhi a cidade de Dom Pedrito, na fronteira oeste do Rio Grande, para dar inicio as dicas por aqui. Num primeiro momento se pensa: mas que diabos tem nessa cidade (distante 440Km da Capital) que eu precise saber sobre sua rede hoteleira? Respondo, claro. Proximidade com cidades que fazem fronteira com o Uruguai (90Km), onde há um turismo bastante expressivo de compras (free shops), além de ser caminho para brasileiros que se deslocam em direção as praias uruguaias e de uruguaios que buscam o litoral brasileiro. Sabe aquela estrada calminha, calminha, que no verão recebe comboios de apressadinhos? Pois é, assim é a BR 293, por onde se chega na cidade. 

Dom Pedrito, conhecida como a "Capital da Paz" por ter servido de palco para a assinatura do Tratado de Ponche Verde, que pôs fim a Revolução Farroupilha, surgiu como rota de contrabando uruguaio, quando nossas fronteiras com as bandas orientais ainda não tinham se firmado. Hoje faz fronteira com as cidades de Bagé (divisa com Aceguá - Uruguai) e de Santana do Livramento (divisa com Rivera - Uruguai). Logo, está na rota do turismo de compras, que movimenta a fronteira durante todo o ano. 

É uma pequena cidade, sem grandes atrativos turísticos, mas possui umas construções simpáticas e centenárias. Sequer possui muitos hotéis, já utilizamos por diversas vezes dois deles, sendo que aqui destacarei apenas o nosso preferido: Hotel Alexandre.


Junto a praça central da cidade, se encontra em funcionamento há mais de 120 anos e serviu de hospedaria para combatentes na Revolução de 1923. 



O Mascaron - Restaurante Giratório, é o único do Brasil e está situado na Torre Mirante da Serra, na entrada da cidade de Veranópolis, a Princesa dos Vales e Terra da Longevidade, na Serra Gaúcha.


Sobre a torre, numa altura a partir do solo de 80 metros, é um importante atrativo turístico e proporciona aos visitantes uma visão panorâmica do entorno, que inclui as cidades de Cotiporã, Caxias do Sul, Bento Gonçalves e a própria Veranópolis. Dizem que no jantar a vista panorâmica, iluminada, é ainda mais bela. 




A cada lugar que visitamos adotamos lugares queridos, cantinhos especiais e, quando retornamos, damos preferência pelo que nos aconchega. Entendo quando me dizem que devo buscar o novo, novos bairros, outras inspirações - entendo, aceito e busco. Mas isso não impede que o ponto de partida seja aquele que já me cativou, não é mesmo? 

Roma já me ofereceu um cantinho seu para chamar de meu: Piazza di Spagna e seus arredores. Nem precisaria sair dali para me sentir realizada em retornar a Cidade Eterna, como a chamavam os poetas da Roma Antiga. 


Por aquelas ruas me sinto em casa, já sei por onde ir e voltar (e acreditem, isso não é fácil: nasci sem bussola), já tenho minhas lojinhas, cafés e, agora, restaurantes preferidos. Dali me espalho e, quando a distância é grande, tomo o metro ou um táxi para buscar o novo. Assim, embora ainda não tenha um hotel preferido, ando testando. 

Em nossa última visita o escolhido foi o Hotel Piazza di Spagna, na Via Mario Dè Fiori. 


A principal razão da escolha foi a localização - em nossas andanças anteriores pela região o havíamos colocado na lista das possibilidades futuras. Bom, dessa feita ficamos apenas quatro dias e, confesso, foi uma escolha cheia de aspectos positivos e negativos. 



Depois de receber inúmeros pedidos de informações acerca do Natal Luz de Gramado, achei mais simples postar por aqui o que seria um resumo de minhas respostas, já que não tenho postagens a respeito do evento.

A Região das Hortênsias, formada ainda por cidades como Canela e Nova Petrópolis, possui duas sazonalidades turísticas – o inverno e os festejos natalinos. O Natal Luz de Gramado é a maior festa natalina do Rio Grande do Sul e, em consequência, a que recebe o maior número de visitantes. Nesse ano ocorrerá entre 31/10/2014 e 11/01/2015.


Informações solicitadas de forma mais frequente:


TEMPO

O evento possui uma agenda vastíssima, são muitas atrações exclusivas, além daquelas que ocorrem de forma permanente e dos lindos e floridos parques da região. Além das festividades em Gramado, há o Sonho de Natal de Canela e o Natal em Cores de Nova Petrópolis – cidades que se interligam. Como se vê a programação é intensa na região e demanda tempo daquele que deseja aproveitar um pouquinho de cada. Se tempo é um luxo, pegue a agenda do evento e escolha qual atração é imperdível para você e faça sua estada coincidir – alguns eventos não são diários.

PLANEJAMENTO

Por ser um evento de alcance internacional, o setor hoteleiro costuma alcançar o limite máximo de ocupação. A dificuldade crescente em se obter boas opções disponíveis, tem feito com que cada vez a disponibilidade se esgote com maior antecedência. São ofertados tipos diversos de acomodações, desde pousadas pequenas e simples, até hotéis de referência e hotelaria de charme. Mas as distâncias em relação aos locais onde ocorrem os eventos também variam - o ideal é ter um mapa em mãos antes de bater o martelo, especialmente se o grupo não contar com carro para os deslocamentos. Sabe aquelas informações como “vista do vale” ou “em meio a natureza”? Confira cuidadosamente a localização, podem ser empreendimentos mais retirados do núcleo central da cidade, alguns com acesso por estradas de terra. Planeje com antecedência, senão terás muita dificuldade em reservar acomodações legais e com custo aceitável de última hora – a região oferece opções encantadoras.

COMO CHEGAR

Há diversas formas de se deslocar até a Região das Hortênsias.

Para aqueles que apenas desejam passar o dia, excursões partem de diversas cidades do Estado, especialmente aos finais-de-semana.

Para quem vem de longe, por via aérea, pode escolher chegar por Porto Alegre ou Caxias do Sul – o comum é via capital, fazendo o percurso final de pouco mais de cem quilômetros por via terrestre – carro, vans ou ônibus de turismo (muitos saem do próprio aeroporto) ou ônibus de linha (partem da rodoviária, no centro da Capital).

Percebo que a preferência é pelo deslocamento de carro, podendo ser escolhidas duas rodovias para tanto: pela Rota Romântica, passando por Nova Petrópolis ou, sem tanta beleza, pela Rodovia de Taquara. Preferência pessoal? Sempre pela Rota Romântica, passando e parando nas diversas cidades de colonização alemã/italiana/polonesa ao longo do caminho.

Para aqueles que preferem chegar por um lado e partir por outro, recomendo sempre acessar a serra pela Rota Romântica, parando em Nova Petrópolis para um passeio no Parque Aldeia do Imigrante. No retorno, descer por Taquara, cuidando os controladores de velocidade espalhados ao longo do caminho, podendo fazer paradas no Centro Budista de Três Coroas e no restaurante Tibetano.




Lisboa, além de ser minha grande paixão, acaba eleita a base das gaúchas na Europa por conta do voo direto da TAP, evitando deslocamentos entre POA/SP. Explicado isso, claras ficam as razões para alguns dias na cidade na chegada e no retorno das férias. 

O Hotel Mundial tem sido uma eleição costumeira, especialmente pela localização - a dois passinhos de tudo o que mais amamos por lá, além de possuir uma parada do Elétrico 28, na porta. Em abril, quando por lá passamos novamente, resolvemos que ficaríamos no Mundial na chegada - coisa rápida, apenas um pernoite e no retorno, então para quatro diárias, ficaríamos no Sheraton Lisboa Hotel & Spa





A Itália não estava em meus planos para 2014, pois queria muito percorrer o interior de Portugal, de norte a sul, na primavera. Mas férias tem que ser ao gosto da dupla e, mesmo sendo mandona que só, resolvi ouvir e aceitar argumentos alheios. Assim, entre outras peripécias, a Toscana foi eleita como o principal destino. 

No dia que comecei a escolher as cidades, para traçar o roteiro, comentei com uma amiga e ela em sua resposta colocou o que seria o dela, uma lista de pequenas e lindas cidades. A maioria estava na minha singela listinha, menos ela: Pienza! 


Quando referi que ela ainda não havia aparecido em minhas pesquisas, recebi o alerta que não deveria deixá-la de fora, que merecia uma visita. Coloquei na lista provisória. Passadas algumas semanas fechei o roteiro, com as cidades onde nos hospedaríamos e com os principais passeios e, não sei como, ela acabou ficando de fora. Alguns dias antes da viagem, ao retomarmos a conversa, em meio aos comentários sobre o roteiro, ela escreve: não vejo Pienza, não a deixe de fora! Voltei para o mapa e a encaixei numa escapada de Montalcino, onde montaríamos acampamento por alguns dias para explorar o Val d'Orcia. A insistência aguçou minha curiosidade, quando resolvi que a visitaria sem ler nada sobre ela ou ver imagens, queria o impacto da descoberta. 

No dia marcado, lá fomos nós, felizes pelas estradas da Toscana. Pena que São Pedro não entendeu a intenção e mandou chuva e trovoadas, transformando o dia em quase noite. Pienza para nós, foi, então, uma mescla de chuva e sol, de pequenas aberturas azuis no céu e de uma brisa gelada soprando, insistente. 
  

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